Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de setembro, 2010

ERA UMA VEZ MARIQUINHA...

Era uma vez uma menina ingênua, pura e sonhadora. Uma menina para a qual a vida era linda e as pessoas, verdadeiras. É bom quando a gente tem essa visão das coisas, não acham? Não se sofre por nada, não se irrita com nada e não se prejudica por nada. Também, se nada de negativo enxergamos, nada de negativo nos atingirá porque, filosoficamente falando, não podemos ser atingidos por algo que nem percebemos. Mas vamos à menina. Pura, ingênua e doce, essa menina tem um nome: Mariquinha. Pois Mariquinha enxergava só as coisas boas da vida. Via bondade em tudo e era bondosa com todos. Menina simpática, cordial, cativante. Mariquinha cresceu, tornou-se uma moça. Moça bonita, educada, inteligente. Mas continuava com a sua apaixonante ingenuidade, uma jóia rara. O felizardo que se casasse com ela, estava feito. Ia ter como esposa uma mulher exemplar: inteligente e equilibrada. Mariquinha, enfim, conhecera o amor. O nome dele é Carlos Eduardo, um moço educado também, família rica, mas rica q

FANTASMINHAS NADA CAMARADAS

É uma mão-de-obra enumerar as razões pelas quais desistimos das pessoas. Estou falando daquelas que nos decepcionam. O ser humano é uma caixinha de surpresas. Às vezes, tropeçamos numa pedrinha e, noutras, atravessamos uma montanha. É porque não importa o tamanho do aborrecimento e, sim, o estrago que ele faz no nosso ego. Longe de querer dizer que tenhamos que aceitar tudo de todos. Ninguém é perfeito. Mas em muitos casos deveríamos reavaliar o que nos faz desistir de alguém. Tentamos nos afastar da pessoa ou do que ela representa de ruim? E o que é ruim para nós? Muita coisa, com certeza. Desistir de uma pessoa é uma forma de se proteger, de se evitar aborrecimentos. Mas também perdemos uma chance de pelos menos conviver com o que ela tem de bom. Afinal, ninguém é bom ou ruim por completo. Somos seres multifacetados. Mas temos, todos, um enorme defeito: colecionamos fantasminhas mentais. E esses, sim, nos fazem realmente mal. Os fantasminhas atrapalham nosso caminho, não nos deixam c

UMA HISTÓRIA SOBRE MONALISA

Monalisa carrega no nome o símbolo da desconfiança, coitada! Um nome tão lindo! Secretária, 40 anos, Monalisa até hoje nunca se casou e os namoros só duram até três meses. Parece que o seu nome afasta os homens. Chamá-la de Monalisa foi ideia da mãe dela, que era professora de história da arte. Apaixonada por Leonardo da Vinci, resolveu homenageá-lo batizando a filha com o nome da obra-prima do pintor italiano. O problema da nossa Monalisa é que a Monalisa (de Leonardo) agrega histórias de disputas e até suspeita de traição. Também chamada pelo nome menos famoso de La Gioconda, a Monalisa foi pintada por Da Vinci com a técnica do sfumato. Em suma, essa técnica camufla marcas de pinceladas, dando a impressão de um esfumaçado na superfície trabalhada. Ou seja, a própria ténica de pintura do quadro já confere à Monalisa uma essência de dissimulação. Depois, vêm as inúmeras histórias que cercam esse personagem histórico da arte italiana. Quando foi trabalhar com o rei Francisco I, da Franç

O PUBLICITÁRIO

Workaholic é uma palavra que designa aqueles que são viciados no trabalho. O caso de Paulo, um publicitário, pode ser enquadrado como uma categoria de workaholic. Paulo não é aficcionado em ficar no trabalho até altas horas, muito menos trabalha aos domingos. Cumpre seu horário normal na agência. É do setor de criação. Mas o que faz este nobre publicitário ser pertencente à categoria dos viciados em trabalho é porque ele só fala em forma de slogans. Parece que tudo o que ele diz é uma frase publicitária, daquelas que aparecem em comerciais de TV. Quem sofre com essa doença é a esposa dele, Débora, que já não sabe mais o que fazer para tirar o marido desse ciclo vicioso. E olhe que Débora é um poço de paciência, mas, vamos combinar, que mulher fica satisfeita quando pergunta ao marido: 'Amor, vamos namorar hoje?' E ouve como resposta: 'Hoje é um detalhe. O amanhã é sempre outro dia!' Débora já não aguentava mais essa neura de Paulo e resolveu radicalizar: - Olha, Paulo,