Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de agosto, 2011

O casamento do Lobo Mau

Era uma vez uma garota O nome dela é Roberta Muito bonita por sinal Resolveu visitar a avó Que mora na floresta Onde perambula o Lobo Mau E lá estava a ninfeta Pela floresta a cantarolar Trazendo doces numa cesta Para a sua avó entregar Até que de repente aparece Um homem no seu caminho Alto, loiro, forte e bonito De cabelos cacheados Num charmoso desalinho Muito galante, ele pergunta Para onde a garota está indo Ela diz que vai visitar a avó E dá um tchau, toda sorrindo Ele a cumprimenta E a vê ir embora Mas resolve pegar um atalho Chega logo à casa da senhora Lá ele diz à velha Que é rico e se apaixonou Pela linda neta dela A vovó encheu os olhos E apoiou o pretendente Prometendo que o enlace Seria feito urgentemente Só que o rapaz tem outro apelido O qual ignorava a senhora Chamam-no de Lobo Mau Porque ilude as moças E depois as joga fora No meio da conversa Eis que chega Roberta Grita pela avó já na entrada A velha, muito alert

Homem ou mulher?

Causa a maior confusão Nome de gente hoje em dia É misturado homem e mulher Maria José e José Maria Se fosse só assim tava bom Mas tem nome que é um nó Sem olhar para o seu dono Não se sabe se o dito cujo Usa saia ou paletó Esse negócio de nome É troço complicado Melhor não mexer muito Pra não ficar desorientado Sou casado há 15 anos E uma situação vivenciei Por causa de um nome esquisito Da minha mulher quase me separei Imagine que estava eu No sofá a descansar Quando o chato telefone Começou a tocar Era um dia de domingo Estava eu folgando do batente E há quatro domingos que minha vida Era era trabalho somente E não queria eu vivenciar Um telefone a incomodar A minha merecida folga No regaço do meu lar Mas eis que o bichinho Voltou a tocar insistente Não tive outra escolha A atender o renitente Disse alô de um lado E do outro escutei estranhando Um 'Oi, amor da minha vida!' 'Adivinha quem está falando?' No começ

Melhor não saber

 Quem disse que a gente deve De tudo um pouco se inteirar Pois lhe digo que é melhor Certas coisas ignorar Eu me considero um marido Por demais controlado Mas quando soube que era traído Fiquei muito contrariado Não por causa da traição em si Mas porque dela fui inteirado Aconteceu num dia de domingo Cheguei mais cedo da pelada E lá estava a minha esposa Com outro na minha cama atracada Ao me ver, eles tomaram um susto Quase tiveram um piripaque E o talzinho do amante Pulou da cama e levou um baque Fiquei eu espantado OIhando minha esposa revoltado Por que ela me deixou descobrir Que eu estava sendo chifrado? Tirando força de onde não sei Olhei pra ela e falei Ô, mulher desalmada! Não seria bem melhor Eu não saber de nada? Ela só fazia chorar E danava a se desculpar Mas que tamanha tolice Nosso amor tinha virado Um vaso rachado Difícil de emendar Vendo-a em desespero Tive pena da minha amada E fiz uma proposta Bastante inusitada Com

O cartão de crédito

 Dizem que cabra macho É o que nunca desanima Mesmo quando está cansado Cumpre com rigor sua sina Fazer de tudo pela mulher Ser gentil que nem menina Mas à dura custa cheguei A uma ingrata conclusão Cabra macho mesmo é O que paga a fatura do cartão O mínimo, nem pensar! Tem que ser todo o listão Das compras que a mulher fez Sem nunca ser reclamão Digo isso de carteirinha Minha senhora é especialista Em gastar o que tem E o que não tem também vai na lista Não se preocupa em pagar Porque quando a fatura chegar O besta paga. Quem manda Casar com uma consumista? Certo dia ensaiei Impor uma filosofia Disse a minha queridíssima Que cartão só na agonia E que ia fazer um empréstimo Pra poder sair do sufoco Evitando entrar numa fria Depois de muita teimosia Ela enfim concordou Em segurar a compulsão Tudo em nome do amor Porque eu até ameacei A me separar caso ela Não carregasse esse andor Passou-se alguns meses E ela manteve o patamar Gastou só o