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Mostrando postagens de novembro, 2012

Chapeuzinho Vermelho

Todo mundo conhece A história daquela garota Ingênua e delicada E falada de boca em boca A jovem de quem eu falo Está no imaginário popular É comentada de pais para filhos Conhecida em todo santo lar Estou falando da Chapeuzinho Aquela que ia visitar a vovozinha E foi abordada por um lobo Quando andava na floresta sozinha Mas Chapeuzinho cresceu E sua alma de mulher floresceu Virou uma adulta bem sabidinha Tudo ensinado pela vovozinha O seu primeiro amor de verdade Foi um rapaz de outra cidade Que numa festa ela encontrou Jogou charme e logo o fisgou O rapaz tinha muitas posses Mas o coitado era feinho que só Encontrou em Chapeuzinho A chance de sair do caritó O casamento saiu logo Mas o rapaz marcou bobeira Fez com comunhão de bens E ainda caiu na besteira De deixar Chapeuzinho Guiar sua vida financeira Não deu outra diferente O rapaz boa gente Amargou a falência E apelou para o banco Pedindo clem

Meus pêsames

Neste momento difícil, a gente não tem palavras para dizer. Fica difícil achar aquelas que poderiam aliviar o sofrimento, mas eu lhe digo, sinceramente, que o tempo tudo cura. E quando digo fico aliviada porque o difícil dos pêsames é começar a falar com o coitado que se desmancha em lágrimas. Você pensa que aquele momento vai durar uma eternidade. Mas, além do tempo, é preciso ter paciência para ver os minutos, as horas, os dias, os meses e os anos passarem. Porque nada pior do que o tempo que se arrasta e parece que se esqueceu da gente. Mas, não é só o tempo que vai se esquecer de você por um bom tempo. Os amigos também. Exceto aqueles sinceros amigos, que se conta com apenas um dedo. Os outros, que estão mais para pseudo , vão sumir. Na verdade eles não somem, desaparecem. E fazem isso porque você é quem some da vida por um tempo. Tempo longo demais para quem gosta de tomar cachaça no final de semana e não tem saco para escutar lamúria de algum desafortunado que perdeu um e

Estágios da traição

Todo homem traído Passa por vários estágios São verdadeiras provações Que lhe testam a paciência E lhe fazem pedir clemência A primeira suspeição Da cruel traição É a triste desconfiança Sem nenhuma confirmação De que a amada está Envolvida em outra paixão O segundo estágio É pior do que a desconfiança São os primeiros sinais Indícios fortes de que Da amada não é O único homem mais Começam por telefonemas Com suspeitos diálogos De poucos fonemas Que para não cair em contradição Geralmente a amada só fala Sim, não, ahã, não... E quando ela atende O danado do celular E sai da sua frente Para mais à vontade falar Já é o terceiro estágio Porque ela não tem medo De demonstrar que precisa Conversar em segredo O comportamento É uma alteração digna Do quarto nível De classificação No sexo ela esfria Mas no vestuário não Se anda mais bonita Mais enfeitada e perfumada Pode ter certeza Que é só da sua

O ódio

Nunca pensei eu um dia Você, em plena agonia, Fosse me dizer: eu te odeio! Nunca pensei que um dia Com o passar dos anos Desde o primeiro até o último Esse sentimento tão próximo Virasse um sentir tão íntimo Quantas vezes o amor Esteve no nosso leito a reinar E agora nem ouso querer Saber o que restou, mas posso perguntar Até onde o amor vale a pena E quando devemos parar Para que ele não seja reduzido A uma coisa tão pequena? O pior do ódio não é senti-lo Por um alguém que julgamos Ter-nos feito um enorme estrago O pior do ódio é senti-lo Entranhado dentro da gente Como se da alma fosse um ente Nascido desde que nascemos E morrido só quando morremos É que quando o ódio se instala Parece que nunca antes Não esteve ali E, sim, que sempre foi Parte da nossa alma Sangue do nosso corpo Engodo para nossa calma Mas como de vez se livrar Desse sentir que nos espreita Esperando uma brecha para De surpresa nos ass