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Mostrando postagens de fevereiro, 2012

O Carnaval de José

José não se conformava Com a atitude da namorada Sumiu durante o Carnaval Sem pra ele dizer nada Passou os quatro dias Numa folia só Perdeu várias vezes o juízo Só dançando Michel Teló Os amigos perguntavam Onde andava a sua amada José, então, inventou Uma mentira deslavada Disse a todos que a dita Foi visitar uma tia Que mora no interior E está doente, em agonia E assim José passou O Sábado de Zé Pereira O domingo, a segunda E finalmente a terça-feira E nada de ela aparecer O jeito era esperar pra ver Sua última esperança Era o Bacalhau do Batata Será que ela chegava Nessa quarta-feira ingrata? Deu meia-noite e nem sinal Da namorada cozida ou assada José se rendeu ao desprezo Onde estará essa desgraçada? Eis que só na quinta-feira Quando todo mundo já voltava Às suas atividades normais Eis que ela retornou de onde Não queria sair mais José a recebeu em casa Com cara de poucos amigos E fez só uma pergunta: O que aconteceu contig

Charada

Existe um tipo de ser Que todo dia é apedrejado Mais castigado do que a Geni E até a Madalena, cheia de pecado Lá no céu morreu de novo Mas foi de pena do coitado Esse pobre ser terrestre Vive na mais pura ilusão De que tudo ele pode Ninguém vai lhe dizer não E quando sofre um revés Mostra o poder que tem na mão E não adianta botar espelho Na frente desse ser superior Que ele só enxerga o que quer É um bruxo, mas se vê um esplendor Mas basta você ameaçar A questionar a sua glória E mostrar a face oculta Que faz parte da sua história O ser dana-se a falar A se elogiar e regozijar Do bem que está fazendo E injustos são aqueles Que estão a lhe criticar Mas não é todo ele Que vive nessa vergonhice  Tem aquele que faz tudo certo Não comete nenhuma sandice É nesse que se deve fiar Se a sorte você tiver de achar Um duende, ou o Papai Noel Que muitos sonham encontrar Ou quem sabe a Branca de Neve Possa lhe dar uma dica E indicar um nome forte Que não se envolva em mutrica

O plano

Por falta de dinheiro, acabaram-se as filas nos bancos. E o careca, que estava na fila, tinha vindo antes de um barbeiro. Teve que abrir mão da cortesia do corte por falta de cabelos. E o barbeiro, indignado com a falta d´água, jogou os sabonetes fora. Afinal de contas, quem precisa de banho? A mulher do barbeiro não se conformava. Além de aguentar o fedor do marido, tinha ainda que ficar sem televisão. Por falta de pagamento, a companhia havia cortado a energia elétrica do casal. E a companhia de energia... - Parou! Parou! Parou! Não aguento mais essas sandices! - Mas eu nem comecei a escrever a coluna e já enchesse o saco, Manoel? - É que isso não vai dar certo, Leusa! Eu não vou convencer a minha mulher dizendo essas coisas sem nexo. - Você não deixa eu terminar. Tudo bem que você não decore tudo, mas pegue o espírito da coisa... - Espírito quem vai virar sou eu se não arranjar uma boa desculpa para Tereza. - Calma! Mas também você exagerou, vamos combinar? Passar a noit