Fazia uma semana que Margarida se consumia num remorso sem tamanho. Estava decepcionada com ela mesma, não acreditava que tinha feito uma coisa tão sórdida como aquela. Quando começou a perceber a besteira que fez, ela correu logo para a igreja. Fazia anos não entrava em uma. De início, passou a ir à missa da manhã. Depois, só ia em casa almoçar, no intervalo dos cultos. Quando as rezas não estavam mais funcionando para aliviar o remorso, eis que ela resolveu se confessar.
O padre, seu José, a recebeu com sua calma de sempre:
- Pois não, minha filha, o que a traz aqui? O que lhe perturba?
- Padre, eu pequei!
- Todo filho de Deus peca, minha filha. O importante é o arrependimento. Qual foi o teu tropeço?
- Traição, padre! Eu traí meu marido pela primeira vez depois de 15 anos de casada!
- Minha filha! Por que fez tal ato? Não amas teu marido?
- Amo, padre! Eu o amo muito! Mas não consegui resistir à tentação da carne e estou arrependida. Prefiro morrer!
- Não diga isso, minha filha! Mesmo para o pecado mais sério, que é o de tirar a vida de outra pessoa, existe perdão. Deus é misericordioso e sabe que você está arrependida.
- O que eu faço padre? Conto tudo para o meu marido?
- Não, minha filha! O seu marido pode não estar preparado para ouvir tal confissão. Vou lhe passar 600 pai-nossos e 600 ave-marias. Depois de cumpri-los, venha aqui novamente e conversaremos.
Margarida saiu de lá aliviada. De certa forma, dividir aquele segredo com alguém tornava mais leve o peso da sua culpa. Em casa, dedicou-se a rezar do jeito que o padre lhe mandara. Cada vez que terminava um terço, ia se sentindo mais correta com ela mesma e com o marido. As cenas da traição estavam se apagando da sua mente. Pareciam mais momentos de um pesadelo antigo.
Os dias se passaram, Margarida cumpriu a penitência e voltou à igreja:
- Padre, eu consegui! Rezei tudo que o senhor mandou! E agora? Estou perdoada?
- Deus tudo vê, minha filha. Se no seu coração há o arrependimento sincero e o desejo de não mais errar, estás perdoada!
- Obrigada, padre! Eu agora sou outra mulher!
Margarida foi embora feliz. Pegou o ônibus e foi para a igreja do outro bairro. Chegando lá, colocou o véu na cabeça e se dirigiu ao confessionário:
- Padre, eu pequei!
- Qual foi o seu pecado, minha filha?
- Eu menti para outro padre durante uma confissão!
- Mentiu?
- Sim, menti! Eu disse que tinha traído meu marido só uma vez!
O padre, seu José, a recebeu com sua calma de sempre:
- Pois não, minha filha, o que a traz aqui? O que lhe perturba?
- Padre, eu pequei!
- Todo filho de Deus peca, minha filha. O importante é o arrependimento. Qual foi o teu tropeço?
- Traição, padre! Eu traí meu marido pela primeira vez depois de 15 anos de casada!
- Minha filha! Por que fez tal ato? Não amas teu marido?
- Amo, padre! Eu o amo muito! Mas não consegui resistir à tentação da carne e estou arrependida. Prefiro morrer!
- Não diga isso, minha filha! Mesmo para o pecado mais sério, que é o de tirar a vida de outra pessoa, existe perdão. Deus é misericordioso e sabe que você está arrependida.
- O que eu faço padre? Conto tudo para o meu marido?
- Não, minha filha! O seu marido pode não estar preparado para ouvir tal confissão. Vou lhe passar 600 pai-nossos e 600 ave-marias. Depois de cumpri-los, venha aqui novamente e conversaremos.
Margarida saiu de lá aliviada. De certa forma, dividir aquele segredo com alguém tornava mais leve o peso da sua culpa. Em casa, dedicou-se a rezar do jeito que o padre lhe mandara. Cada vez que terminava um terço, ia se sentindo mais correta com ela mesma e com o marido. As cenas da traição estavam se apagando da sua mente. Pareciam mais momentos de um pesadelo antigo.
Os dias se passaram, Margarida cumpriu a penitência e voltou à igreja:
- Padre, eu consegui! Rezei tudo que o senhor mandou! E agora? Estou perdoada?
- Deus tudo vê, minha filha. Se no seu coração há o arrependimento sincero e o desejo de não mais errar, estás perdoada!
- Obrigada, padre! Eu agora sou outra mulher!
Margarida foi embora feliz. Pegou o ônibus e foi para a igreja do outro bairro. Chegando lá, colocou o véu na cabeça e se dirigiu ao confessionário:
- Padre, eu pequei!
- Qual foi o seu pecado, minha filha?
- Eu menti para outro padre durante uma confissão!
- Mentiu?
- Sim, menti! Eu disse que tinha traído meu marido só uma vez!
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