Até onde vai a paixão por um time de futebol? Depende de cada apaixonado. A de Jeremias com certeza vai bem longe. Alvirrubro doente, Jerê não vive um dia de sua vida sem pensar no Náutico, sem fazer alguma coisa em prol do Náutico, enfim, sem interagir com o time que parece ser a razão de sua vida.
Otília, sua noiva, já o conheceu assim, ferrenho torcedor. Mas o que ela não imaginava - ou não queria enxergar - é que essa devoção de Jeremias pelo Timbu fosse incomodá-la tanto. Como tudo são flores no namoro, claro que Otília não se importava com as esquisitices de Jerê em dia de jogo. Dormia com a camisa do time, pisava no chão primeiro com o pé direito, tomava café com a xícara vermelha e branca e passava o dia todo mentalizando a vitória do Náutico até a hora de ir para o estádio. Ritual que se repete todo dia de jogo.
Quando o time ganhava, nem para casa voltava, muito menos ia ver a então namorada. Entregava-se aos prazeres do álcool para comemorar orgulhosamente a vitória. Mas, quando perdia, ia para os braços de Otília que nem um bebê chorão pedindo colo. Nem preciso falar pelo que ela torcia, não é?
Só que do namoro para o noivado passaram-se sete anos e digo que Jeremias não amenizou nem um pouco sua adoração pelo "Hexa é Luxo". E Otília já não estava mais tão paciente. Ela engoliu sapos durante esses anos todos e, de repente, soltou-os de uma vez. Otília mudou da água para o vinho. Reclamava, discutia, não suportava nem ver o noivo vestido com a camisa oficial do time. Imagine só que problema!
- Você já sabia que eu era assim, porque esse ciúme agora, Otília?
- Ciúme? Você é um doente!!! Gosta mais desse Náutico do que de mim. Parece até que essa porcaria de time é mais importante na sua vida do que eu!
- Não diga isso, meu amor! Você sempre esteve em primeiro lugar!
- Estive sim! Desde que não fosse em dia de jogo, não é Jeremias? - Berrava Otília, furiosa.
- Que é isso, meu bem!? Olha, amor, eu sei que você tá assim porque ainda não marcamos a data do casamento, não é? Mas vou marcar...
- Saiu a tabela do campeonato?
- Por quê?
- Porque eu sei que se for no dia de jogo você não casa nem a pau!
- Que é isso, meu amor? Lógico que eu caso com você até em dia de jogo!
Otília fez de propósito. Arrumou a data do casamento para um dia de clássico, contra o Sport, certa de que ia ser abandonada no altar. Mas, ao entrar na igreja, na mesma hora em que estava começando o jogo, lá estava Jeremias, esperando por ela, de terno vermelho e branco...e com um radinho no ouvido.
Otília, sua noiva, já o conheceu assim, ferrenho torcedor. Mas o que ela não imaginava - ou não queria enxergar - é que essa devoção de Jeremias pelo Timbu fosse incomodá-la tanto. Como tudo são flores no namoro, claro que Otília não se importava com as esquisitices de Jerê em dia de jogo. Dormia com a camisa do time, pisava no chão primeiro com o pé direito, tomava café com a xícara vermelha e branca e passava o dia todo mentalizando a vitória do Náutico até a hora de ir para o estádio. Ritual que se repete todo dia de jogo.
Quando o time ganhava, nem para casa voltava, muito menos ia ver a então namorada. Entregava-se aos prazeres do álcool para comemorar orgulhosamente a vitória. Mas, quando perdia, ia para os braços de Otília que nem um bebê chorão pedindo colo. Nem preciso falar pelo que ela torcia, não é?
Só que do namoro para o noivado passaram-se sete anos e digo que Jeremias não amenizou nem um pouco sua adoração pelo "Hexa é Luxo". E Otília já não estava mais tão paciente. Ela engoliu sapos durante esses anos todos e, de repente, soltou-os de uma vez. Otília mudou da água para o vinho. Reclamava, discutia, não suportava nem ver o noivo vestido com a camisa oficial do time. Imagine só que problema!
- Você já sabia que eu era assim, porque esse ciúme agora, Otília?
- Ciúme? Você é um doente!!! Gosta mais desse Náutico do que de mim. Parece até que essa porcaria de time é mais importante na sua vida do que eu!
- Não diga isso, meu amor! Você sempre esteve em primeiro lugar!
- Estive sim! Desde que não fosse em dia de jogo, não é Jeremias? - Berrava Otília, furiosa.
- Que é isso, meu bem!? Olha, amor, eu sei que você tá assim porque ainda não marcamos a data do casamento, não é? Mas vou marcar...
- Saiu a tabela do campeonato?
- Por quê?
- Porque eu sei que se for no dia de jogo você não casa nem a pau!
- Que é isso, meu amor? Lógico que eu caso com você até em dia de jogo!
Otília fez de propósito. Arrumou a data do casamento para um dia de clássico, contra o Sport, certa de que ia ser abandonada no altar. Mas, ao entrar na igreja, na mesma hora em que estava começando o jogo, lá estava Jeremias, esperando por ela, de terno vermelho e branco...e com um radinho no ouvido.
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