Antônio estava angustiado na sala de espera do terapeuta. Não via a hora de ser chamado. Seria o próximo da vez, mas os minutos estavam tão longos que mais pareciam horas. Suas mãos, molhadas de suor, denunciavam a aflição daquele pobre homem. Finalmente, a atendente o chama:
- Senhor Antônio das Neves! Pode entrar! - Anunciou a secretária.
Pernas bambas, respiração ofegante, Antônio entrou na sala, deitou-se no divã e ficou mudo. O dr. Fábio, terapeuta experiente, esperou alguns minutos para que o paciente relaxasse e só então começou a sessão:
- Olá senhor Antônio! Como tem passado? - Perguntou o terapeuta.
- Mal, doutor! Muito mal! Eu estou sendo traído pela minha mulher e não sei o que fazer!
- O senhor já conversou com ela sobre isso?
- Deus me livre, doutor! Eu não quero que ela saiba que eu sei! Eu não quero me separar da minha mulher!
- Calma! Escute, muitas vezes, num relacionamento, o casal passa por algumas dificuldades, que podem ser várias: falta de diálogo, falta de tempo para namorar... nem sempre uma traição é sinônimo de que tudo acabou.
- Ah, doutor! Isso tudo funciona na teoria, mas na prática...
- Diga-me uma coisa: o senhor, por acaso, desconfia quem seja o tal...o outro homem?
- Não, doutor! Na verdade, eu não tenho cem por cento de certeza que estou sendo traído, sabe? Mas tenho uns setenta por cento!
- Como assim? O senhor supõe que sua mulher o trai?
- É. Por isso que eu não posso conversar nada com ela!
- Por quê?
- Veja, doutor, se ela não estiver me traindo, o que eu acho difícil, vai ficar muito magoada comigo e aí pode até partir para a traição mesmo!
- E se ela realmente estiver o traindo?
- Ela pode acabar tudo, pode dizer que quer ficar com o amante e aí eu perco de vez a mulher da minha vida! Eu não posso arriscar meu casamento!
- E o que é que eu senhor pensou em fazer?
- Doutor, na verdade, eu vim aqui para o senhor me hipnotizar!
- Mas que é isso, senhor Antônio!? A hipnose só é utilizada em casos em que realmente tenham necessidade, o que não é o seu! Eu não posso fazer isso!
- Pode sim, doutor! Por favor, me ajude!
- Mesmo que eu o fizesse, senhor Antônio, a hipnose não iria resolver o seu problema!
- Iria sim, doutor! O senhor coloca esse reloginho na minha frente, balançando de um lado para o outro, e me convence que minha mulher não me trai. Pronto! Aí, quando eu acordar, não terei mais essa desconfiança!
O terapeuta olhou para Antônio, pegou a folha de receita e prescreveu um calmante.
- Senhor Antônio das Neves! Pode entrar! - Anunciou a secretária.
Pernas bambas, respiração ofegante, Antônio entrou na sala, deitou-se no divã e ficou mudo. O dr. Fábio, terapeuta experiente, esperou alguns minutos para que o paciente relaxasse e só então começou a sessão:
- Olá senhor Antônio! Como tem passado? - Perguntou o terapeuta.
- Mal, doutor! Muito mal! Eu estou sendo traído pela minha mulher e não sei o que fazer!
- O senhor já conversou com ela sobre isso?
- Deus me livre, doutor! Eu não quero que ela saiba que eu sei! Eu não quero me separar da minha mulher!
- Calma! Escute, muitas vezes, num relacionamento, o casal passa por algumas dificuldades, que podem ser várias: falta de diálogo, falta de tempo para namorar... nem sempre uma traição é sinônimo de que tudo acabou.
- Ah, doutor! Isso tudo funciona na teoria, mas na prática...
- Diga-me uma coisa: o senhor, por acaso, desconfia quem seja o tal...o outro homem?
- Não, doutor! Na verdade, eu não tenho cem por cento de certeza que estou sendo traído, sabe? Mas tenho uns setenta por cento!
- Como assim? O senhor supõe que sua mulher o trai?
- É. Por isso que eu não posso conversar nada com ela!
- Por quê?
- Veja, doutor, se ela não estiver me traindo, o que eu acho difícil, vai ficar muito magoada comigo e aí pode até partir para a traição mesmo!
- E se ela realmente estiver o traindo?
- Ela pode acabar tudo, pode dizer que quer ficar com o amante e aí eu perco de vez a mulher da minha vida! Eu não posso arriscar meu casamento!
- E o que é que eu senhor pensou em fazer?
- Doutor, na verdade, eu vim aqui para o senhor me hipnotizar!
- Mas que é isso, senhor Antônio!? A hipnose só é utilizada em casos em que realmente tenham necessidade, o que não é o seu! Eu não posso fazer isso!
- Pode sim, doutor! Por favor, me ajude!
- Mesmo que eu o fizesse, senhor Antônio, a hipnose não iria resolver o seu problema!
- Iria sim, doutor! O senhor coloca esse reloginho na minha frente, balançando de um lado para o outro, e me convence que minha mulher não me trai. Pronto! Aí, quando eu acordar, não terei mais essa desconfiança!
O terapeuta olhou para Antônio, pegou a folha de receita e prescreveu um calmante.
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