Tem gente que casa só por casar. Porque já ia mesmo sair de casa e, como arrumou uma cara-metade, junta o útil ao agradável. Tem medo da solidão, mesmo querendo privacidade. Há outras pessoas que não sabem se querem casar, mas também incomoda-lhes a ideia de chegarem sozinhas à velhice. É o medo de envelhecer só. De não ter uma companhia a quem recorrer nos momentos de angústia. E ainda há aqueles que casam e descasam como se troca de roupa. Adoram viver relacionamentos, mesmo que muitas vezes se percam neles.
Mas há um tipo de casamento hoje em dia que está ganhando adeptos, mesmo que ainda em fase inicial: é o casamento em que os parceiros não têm que necessariamente morar juntos. 'Será que isso é casamento mesmo?' Isso, só o tempo poderá responder. De primeira olhada, pessoas que se casam, mas não moram juntas por alguma incompatibilidade (tempo, horários, filhos de outros casamentos, vida profissional etc), dão a sensação - para os mais tradicionais - de que estão se enganando, fingindo que são casadas. Fingindo para não terem que chegar aos 40, 50 anos solteiras. Esse pode ser o seu caso, o de muita gente e pode não ser o caso de um milhão de pessoas também.
Mas dá para enxergar de cara uma primeira vantagem nesse tipo de casamento: quem não mora junto todos os dias, não briga todos os dias. A relação fica mais "oxigenada", digamos assim. Os problemas de cada um são discutidos sim, via internet, telefone e quando estão juntos. Mas a carga deles numa relação a dois, todos os dias, não existe. O peso é bem menor para ambos os parceiros. Algumas pessoas que foram casadas durante anos e depois se separaram dizem que não casam mais nunca. Porém, ter uma experiência traumatizante ou frustrante não significa dizer que as outras o serão assim também.
Geralmente quando existe um impedimento de se morar junto, mas não de se ter uma relação, fica mais fácil aderir a esse casamento "moderno". E pensar que até há um certo tempo tínhamos como moderno o morar junto! Ninguém é obrigado a suportar um estilo de vida a que não se propôs, para o qual não tenha talento. Então, o que fazer com o amor? Ame! O amor não tem nada a ver com as inquietações da vida moderna e dos problemas que cada componente de uma relação carrega consigo. O amor acontece, a química funciona e os problemas nada podem contra. Às favas com eles. Então, por que sacrificar o amor? Há um ditado que diz mais ou menos assim: "A gente faz o que quer, quando pode e como pode". Então, para qualquer tipo de casamento, faça o que quiser, mas quando puder e se puder. Seja sob o mesmo teto ou em casas diferentes, vivam juntos!
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ResponderExcluirO mais difícil é encontrar compatibilidade de ideias, de planos, de direção. Encontrando isso, sempre dar-se um jeito de compartilhá-la.
ResponderExcluirGlenda