O que do mundo é vagaroso?
A vida se mexe devagar
A alma se mexe devagar
Devagar o ser se forma
Tempestades destroem em segundos
Mas levam um tempo para nascer
Dos oceanos mais profundos
As piores são as dos nosso ser
Não sabemos quando uma delas
De nós vai se apoderar
Mas podemos aprender
Como as dores evitar
A vida é um oceano
De acontecimentos e redemoinhos
Mal sabe o nosso olho
O que faz o vizinho
Na calada da noite
As situações são vividas
E muita gente consuma
O prazer de uma vida dividida
Viver com o outro é um desafio
Que nos bate à porta todos os dias
Imagine o que é vivenciar
Essa situação em dose dupla?
Nunca podemos dizer
Que desse rio nos desviaremos
Porque o destino é especialista
Em nos pregar controversas peças
Qual a saída, então
Para colhermos os frutos bons
Diria que não existe fórmula pronta
Nem segredo revelado
Mas pergunte a qualquer poeta
O que ele faria se isso lhe fosse perguntado
Sobre as agruras do amor
Um poeta tem muito a dizer
Dizem que melhor o faz
Aquele que está a sofrer
Eu certamente não saberia dizer
Se para tal desafio fosse convocado
Porque aqui sou quase um poeta
Tomei esse espaço emprestado
Sofrer de amor ou desamor?
Eis a grande questão
Muitos preferem viver
Na cruel solidão
Outros adoram conviver
Com o seu eu apenas
Com outra pessoa, não
Sozinho ou acompanhado
Bem ou mal amado
O melhor é arriscar
E ser bem cuidado
Seja por você sozinho
Ou por outro ser vivente
Que apareça na sua frente
Pois até uma pedra no caminho
Pode nos ensinar a colher os dias
Cada um ao seu pouquinho
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