Quando algo parece sair dos trilhos, é a ela que recorremos nos esconderijos das emoções. A ausência se faz presente, é trazida do nosso inconsciente, do alterego, ou sei lá o quê de onde é que a resgatamos, e passa a nos confortar. São lembranças boas, de um passado que não volta mais. Mas somos ingratos com elas. Geralmente as relegamos, ou melhor, as colocamos no seu devido lugar quando o trem volta aos trilhos novamente: para debaixo do tapete.
Geralmente essas lembranças pertencem a um passado também doloroso com partes boas. E nos agarramos justamente a estas para reviver com bons sentimentos a metade que nos fez feliz. Mesmo sob tanta poeira do passado, é no vácuo do presente que a ausência mostra a sua força. É no conforto da ilusão de um passado bom que nos escondemos do presente difícil.
Quem tem coragem de jogar fora o que não está no lixo? Se não está lá, é porque ainda serve para alguma coisa. O ser humano é o bicho mais capaz de reciclar sentimentos. Transformamos, vislumbramos o bom em detrimento do ruim. Na maioria das vezes só o fazemos quando não somos mais parte da situação. Quando não machuca mais, ou pelo menos não tanto.
O que passou tem prazo de validade? Arriscaria a dizer que é indeterminada. Não sabemos se vai terminar, ou se vai acabar no próximo mês. O tempo nesse caso não é remédio. É ingrato. Quanto mais passa, mais cristaliza esse baú de sentimentos presos, embora soltos em nossa cela.
Viver não é fácil. Conviver consigo é mais difícil ainda. Melhor aprender a controlar o que se guarda, para saborear depois, quando o presente trouxer horas difíceis. E na dança dos dias amargos, adocicamos a vida com essas cartas na manga. Mesmo renegando-as, nos enganando ou fingindo que não existem.
Uma ausência presente nos momentos de vazio. É uma corda extremamente elástica. Capaz de se comprimir a ponto de desaparecer dentro de nós, ou de se esticar a ponto de nos abraçar o corpo e a alma. Mas só estique a corda se puder reduzi-la e pôr de volta ao poço cheio do seu nada. A não ser que queira usá-la para envolver o seu tempo presente. Vale a pena?
Geralmente essas lembranças pertencem a um passado também doloroso com partes boas. E nos agarramos justamente a estas para reviver com bons sentimentos a metade que nos fez feliz. Mesmo sob tanta poeira do passado, é no vácuo do presente que a ausência mostra a sua força. É no conforto da ilusão de um passado bom que nos escondemos do presente difícil.
Quem tem coragem de jogar fora o que não está no lixo? Se não está lá, é porque ainda serve para alguma coisa. O ser humano é o bicho mais capaz de reciclar sentimentos. Transformamos, vislumbramos o bom em detrimento do ruim. Na maioria das vezes só o fazemos quando não somos mais parte da situação. Quando não machuca mais, ou pelo menos não tanto.
O que passou tem prazo de validade? Arriscaria a dizer que é indeterminada. Não sabemos se vai terminar, ou se vai acabar no próximo mês. O tempo nesse caso não é remédio. É ingrato. Quanto mais passa, mais cristaliza esse baú de sentimentos presos, embora soltos em nossa cela.
Viver não é fácil. Conviver consigo é mais difícil ainda. Melhor aprender a controlar o que se guarda, para saborear depois, quando o presente trouxer horas difíceis. E na dança dos dias amargos, adocicamos a vida com essas cartas na manga. Mesmo renegando-as, nos enganando ou fingindo que não existem.
Uma ausência presente nos momentos de vazio. É uma corda extremamente elástica. Capaz de se comprimir a ponto de desaparecer dentro de nós, ou de se esticar a ponto de nos abraçar o corpo e a alma. Mas só estique a corda se puder reduzi-la e pôr de volta ao poço cheio do seu nada. A não ser que queira usá-la para envolver o seu tempo presente. Vale a pena?
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