Nessa vida já vi de tudo
Muita coisa presenciei
Mas tem uma história que eu
Quando ouvi, nem acreditei
É um estranho pensamento
Quase que uma teoria
De um tal de João Mamão
Que instituiu uma filosofia
João já penou muito
Essa vida lhe foi cruel
Mas parece que ele
Gosta de sofrer a granel
Logo quando se casou
A esposa, seu grande amor
Com o melhor amigo dele
Fugiu e o abandonou
E depois veio a segunda
Desta vez uma mais velha
Mas mesmo sendo experiente
Pisou na bola na estreia
Logo depois do casamento
Quando chegaram no hotel
Ela lhe disse, na lata
Que não ia para a lua-de-mel
Pegou a mala, ainda pronta
Pediu desculpas a João
E disse que outro já a esperava
Lá embaixo, no saguão
Assim foi a desgraça
Do segundo matrimônio
E o terceiro, meu Deus!
Espanta até o demônio!
João casou-se com uma fulana
Que de santa não tinha nada
Mas ele, gato escaldado
Surpreendeu a amada
Ao invés de esperar
O Ricardão lhe aparecer
Tratou logo de contratar
Um amante, pode crer?
E quando a terceira esposa
Viu o garoto de programa
Não pestanejou um segundo
Foi-se e João ficou na lama
Agora faz uns cinco anos
Que João Mamão está só
Com a fama que adquiriu
Ninguém o quer, nem por dó
Então ele resolveu
Aderir a uma filosofia
Melhor ter um amor
Para amar e ser traído
Do que passar a vida
Como se não tivesse vivido
Por isso João postou
Uma mensagem na internet
Disse que abria concurso
Para as candidatas a piriguete
Muita exigência não fez
E os requisitos principais são
Ser bonita, alegre e safada
E gostar de traição
Quando a gente alertou
A João sobre essa loucura
Ele disse: 'Relaxei
e deixei de frescura'
Ele disse que é melhor
Render-se e amar
Mesmo que para isso
Tenha que vivenciar
A experiência de ver
A esposa a cerca pular
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