Que todo dia é apedrejado
Mais castigado do que a Geni
E até a Madalena, cheia de pecado
Lá no céu morreu de novo
Mas foi de pena do coitado
Esse pobre ser terrestre
Vive na mais pura ilusão
De que tudo ele pode
Ninguém vai lhe dizer não
E quando sofre um revés
Mostra o poder que tem na mão
E não adianta botar espelho
Na frente desse ser superior
Que ele só enxerga o que quer
É um bruxo, mas se vê um esplendor
Mas basta você ameaçar
A questionar a sua glória
E mostrar a face oculta
Que faz parte da sua história
O ser dana-se a falar
A se elogiar e regozijar
Do bem que está fazendo
E injustos são aqueles
Que estão a lhe criticar
Mas não é todo ele
Que vive nessa vergonhice
Tem aquele que faz tudo certo
Não comete nenhuma sandice
É nesse que se deve fiar
Se a sorte você tiver de achar
Um duende, ou o Papai Noel
Que muitos sonham encontrar
Ou quem sabe a Branca de Neve
Possa lhe dar uma dica
E indicar um nome forte
Que não se envolva em mutrica
Mas como isso é difícil
Beirando quase o impossível
Você pode seguir um conselho
Que é bastante acessível
Quem me disse foi o Lulinha
Não aquele que o povo gosta
Mas o filho de uma cartomante
Que para tudo tem uma resposta
Ele disse para olhar o cabra
De pé a cabeça e vice-versa
Prestar atenção se ele
Tem uma boa conversa
E se for agradável de ouvir
E você sentir consideração
Corra longe porque se trata
Da maior enrolação
Mas também tenha pena
Desse pobre de lealdade
Que se esqueceu de estudar
A lei da gravidade
Tudo que sobe, desce
E tudo que está em cima
Pode chegar embaixo
Basta o tempo passar
E a história mostrar
Acho que você já percebeu
De que tipo estou falando
É do político? Não, não!
É de um tal de Orlando
Orlando é o típico
Marido enrolador
Mas se um dia virar
Um político eleito
Essa história também
Deve cair-lhe perfeito
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