A muito custo e fé
Ismália conseguiu casar
Com Pedro, seu grande amor
Com quem sempre esteve a sonhar
Os sonhos eram muitos
Promessas de admirar
Juras eternas de amor
Que faziam Ismália sonhar
Nos primeiros dois anos
O casal só fez desfrutar
Só viviam para o amor
A vida era um infinito sonhar
Depois desse par de anos
As coisas começaram a mudar
Vieram os espinhos do amor
Ismália estranhou esse sonhar
Pedro ficou diferente
Sem sorrir e nem brincar
E o seu sonho de amor
Ismália parou de sonhar
As brigas eram frequentes
Pedro não conseguia entender
Porque ele e Ismália
Agora só faziam sofrer
Tudo era motivo
Para uma briga nascer
Vida de casal não tinham mais
Conheceram o antônimo do prazer
Até que o clima acalmou
Aparentemente arrefeceu
Ismália e Pedro não brigavam
E fingiam que nada aconteceu
E assim o casal viveu
Por mais um ano inteiro
Até que Ismália anunciou
A chegada de um herdeiro
Pedro alegrou-se com a notícia
E ficou cheio de vaidade
Iria ter um filho
Contou aos amigos a novidade
E a gestação de Ismália
Correu na tranquilidade
Chegou o dia do parto
Era a hora da verdade
Finalmente chegou o dia
E nasceu o filho do casal
Ismália, na maior alegria
Pedro, feliz e contente
Afinal iria ver o filho
E experimentar a emoção
De embalar seu descendente
Nasceu um menino homem
Como Pedro tanto queria
Mas ao olhar o garoto
Sentiu no peito uma agonia
O menino era a cara da mãe
Mas dele, por enquanto
Nada tinha de familiar
Quem sabe com o tempo
O menino ia mostrar
Alguma coisa do pai
Nem que fosse o polegar?
E os anos foram passando
O menino nada de mostrar
Alguma semelhança com o pai
Só a mãe ele fazia lembrar
Então veio outra notícia
Boa para o casal em crise
Outro herdeiro ia nascer
Será que agora o rebento
Com Pedro iria parecer?
A filha que nasceu
Dele não tinha nem a sombra
Mas respirou aliviado
Quando Ismália anunciou
Que as trompas tinha ligado
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