Pular para o conteúdo principal

O lado psicológico do boato



O boato, vocês sabem
Quando se espalha por inteiro
Deixa todos em alerta
Desperta o lado fofoqueiro
Ninguém consegue se segurar
E logo trata de repassar
O que nem mesmo sabe
Se vai se confirmar

Na verdade isso tem
Um fundo psicológico
Quando sabemos de algo
Que foge do mundo lógico
Acentua a nossa vontade
De descobrir que o boato
Na realidade é uma verdade

Quem defende essa tese
É um psiquiatra famoso
Carl Jung é o nome dele
Muito perspicaz e boa gente
O cara entende de tudo
Que diz respeito ao inconsciente

Ele fez um trabalho
Numa universidade
A partir de um fato real
Ocorrido com um professor
Que por pouco não se deu mal

Uma aluna disse à outra
Que teve um sonho de amor
Contou que estava numa granja
No mesmo quarto do professor

Continuando a narração
A jovem e sonhadora donzela
Disse que o professor
Foi carinhoso com ela

Os dois dormiram juntos
Numa noite inesquecível
E quando o dia raiou
O sol iluminou com um só clarão
Os dois na cama e as roupas no chão

O problema dessa história
Foi a aluna sonhadora
Na empolgação esqueceu
De dizer que aquilo foi um sonho
E que nada aconteceu

E esse mal-entendido
Deu o maior babado
E o professor da universidade
Pela direção foi afastado
Quem lhe salvou a pele
Foi o famoso Jung
Que investigou a história
E reverteu a situação

Mas nem sempre é possível
Ser alvo de um boato
E escapar sem um arranhão
Se acontece com você
Essa incômoda situação
Aconselho passar um tempo
Lá no interior do Japão!

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

AMOR LONGE

Não tem coisa mais frustrante Do que namorar de longe Um lá e outro aqui Que nem freira e monge Dizem que a distância aumenta No coração a saudade Mas se você tem urgência Tem que sair da cidade Numa situação dessa É aconselhável pensar Viver junto daria certo? Melhor não especular Já diz um velho ditado Quem casa, quer casa Mas nos tempos de hoje Quem casa, descasa! Porém não quero que pensem Que sou contra o casamento Dormir junto é muito bom Mas pode ser só momento Se você não escolher bem Com esse tormento convive E pra quem namora de longe Disso já está livre Mas livre não está Quando a carência bater O jeito é apelar Pra internet resolver Pela web se conversa Por texto, vídeo e áudio Riem, brigam e choram Depois, cada um pro seu lado Mas também é vantagem Viver um amor assim Aparecem outras pessoas Pra aliviar a fase ruim Agora vamos ser justos Não é legal enganar Se alguém é só um escap

A sina da amante

Dizem que ter uma amante É correr perigo constante Que o homem precisa se cuidar Para a esposa não o flagrar Muitos conselhos dão Para aquele que a cerca pula Tudo o homem tem à mão Para se livrar de um safanão Só que todos se esquecem Que aquela que é a outra Leva uma vida difícil Quem pensa que é só alegria Mal pode imaginar Que a coitada da amante Entra é numa grande fria O problema da amante É que ela já tá perdida Ainda na fase de pré-amante Já leva nome de bandida É chamada de vários adjetivos Melhor o significado não saber Mas tem um tão grosseiro Que nem me atrevo a dizer Não se engane quando a amante Enche a boca e diz Que fica com a melhor parte E, dando uma de atriz, Faz todo mundo acreditar Que, sendo a outra, é feliz Na verdade a bichinha É uma grande coitadinha Pensa que está por cima Mas depois que o tempo passa Vê que o tiro saiu pela culatra O cara nem deixa a mulher E também não para de prometer Que a situação deles

José, um homem de fé

José tava de dar dó Sol quente na moleira Na garganta, aquele nó Capinando e pensando Onde estará a minha Filó? Filomena é o nome Da esposa de José Que arrumou outro homem E do sítio deu no pé Mesmo levando o fora Sendo por ela humilhado Virando motivo de chacota José gritou 'tão perdoado' Mas Filó já estava longe Na charrete do amante Nem escutou o apelo Do marido vacilante E então José passou A levar a vida à toa Capinava no sítio Fizesse sol ou garoa Na esperança de um dia Filomena retornar E dizer: 'voltei, José' Ao regaço do nosso lar Mas já diz o ditado Quem come se lambuza E Filomena tem olhos De invejar a Medusa O amante é homem bonito Rico, inteligente e educado Que mulher não o preferiria A um marido aloprado? Quando Filó bateu o olho No seu futuro affair Pensou 'é com esse!' Que daqui eu dou no pé José nem desconfiava Da tempestade que se formava Só tinha olhos pro sítio E pros bois que comprava