Quando grandes tragédias acontecem, ou mesmo quando perdemos
uma pessoa querida no seio da nossa família, assaltam a nossa mente os
pensamentos clichês “não somos nada”, “não sabemos de nada”, “a vida é breve”.
Fazendo uma reflexão sobre essa brevidade da vida e do que fazemos dela, chego
a uma opinião, bem pessoal, que a vida não é breve, nós é que somos breves.
Somos breves quando perdemos o tempo precioso que temos aqui nesta vida, não
importando se acreditamos ou não numa vida vindoura, em reencarnação,
ressurreição, ou o que for.
E geralmente os escorregões morais são os fatores que mais
nos roubam o breve tempo que temos, ou melhor, que o tornam inútil. Somos
breves quando nos comprazemos da desgraça dos outros, somos breves quando
tentamos minar o caminho de quem pensamos ser o adversário, somos breves quando
procuramos matar no outro a vontade de andar de cabeça erguida.
Todos temos uma assinatura pessoal construída pelo nosso
comportamento. Tem gente alegre por natureza, a despeito das coisas andarem
mal. Tem gente que só enxerga o lado negativo, mesmo quando as coisas estão indo
relativamente bem. Tem gente que só foca a própria vaidade. E há aqueles que
chegam até a se anular em prol do outro. Mas o que é ser bom? A melhor receita
é simples, justa e difícil: façamos aos outros o que gostaríamos que nos
fizessem. Isso já seria um bom começo e tornaria a vida menos breve. Como disse
Sêneca, pensador do Império Romano: “Não temos uma vida breve, mas fazemos com
que seja assim”.
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