Conselho de mãe
Dizem
Vira praga quando não é seguido
Mas de que adianta dizer:
‘Não vá por aí. Tem perigo!’
Assim foi com Ademir
Quando conheceu Rita
Apresentou a pretendida à mãe
Que, ao sair da moça, cravou a sentença:
‘é maldita!’
Mas a senhora nem conhece
a garota direito
É de família honesta
Trabalhadora, afetuosa, dedicada...
‘Vá por mim. É cilada!’
Disse a mãe de Ademir
Já sentindo o que estava por vir
Ademir ouvia muito a mãe
Mas dessa vez pensou diferente
Achou que era cisma besta
E o romance botou pra frente
E a paixão só cresceu
Transformou-se em amor
Em menos de dois anos
Na igreja se consagrou
O tempo se passou
E a mãe de Ademir só observando
Na verdade apenas estava a esperar
A tragédia anunciada se realizar
Não deu dois anos
E Ademir se separou
A mãe soltou a célebre frase
Dizendo que avisou
Mas o pior é que não foi de Rita
A iniciativa da separação
Foi do próprio Ademir
Que não a queria mais não
Tinha se apaixonado por outra
Foi a explicação que deu
Mas a mãe de Ademir
Disso não se convenceu
Foi essa Rita que fez você
Se desinteressar do casamento
Já deve ter outro na agulha
Só esperando você sair
Pra entrar na sua casa
E tudo lá possuir
Disse a mãe de Ademir
Mas ele mesmo assim
Não desistiu de se separar
E a mãe dele ficou esperando
Sua profecia se concretizar
Mas o outro nunca apareceu
Ademir se arrependeu
Rita de volta o recebeu
E a mãe:
‘Essa Rita é feiticeira mesmo!’
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