Desconfiança é uma coisa Difícil de se livrar Quanto mais a gente pensa, Mais custa a acreditar E assim vamos andando De tudo desconfiando Até da sombra a nos olhar A desconfiança não chega Está desde sempre lá Residindo na nossa mente Só esperando pra o bote dar Fazendo a gente ficar doido E em nada se fiar Até da própria letra Passa a desacreditar Zé Maria é assim Desconfiado ao quadrado Não deixa a mulher sair Nem pra ir no supermercado Pra todo canto vai com ela E quando não pode ir Manda junto um sentinela É um primo de Zé Maria Que mora com eles faz tempo Tem nariz grande, feio que só Pé de chulé e caspa no quengo Por isso que Zé Maria Só nele confia Pra acompanhar a sua Sofia Só que esse primo feio É grande amigo de Sofia Tudo que ela quer ele faz Mesmo escondido de Zé Maria Em troca de uns trocados O primo feio deixa Sofia Pular não somente a cerca Mas o alambrado inteiro Dia e noite, noite e dia Certa vez essa mulher Atendeu o...