Adamastor tinha certeza Que tudo estava certo Viajou para o Rio de Janeiro Dando uma de esperto Se encontrar com a amante Mas para a esposa contou Que ia rever o irmão Roberto Lá no Rio tudo correu A maior maravilha Adamastor levou a amante Para todo canto da ilha Não a do Governador Mas a de Angra, meu senhor! O feliz homem se sentia Como se jovem ainda fosse A amante o rejuvenescia Embora a aparência dele Seja de uns sessenta e danou-se À noitinha, no hotel A coisa pegava fogo Adamastor, todo demente Queria duas, três, quatro Massagens nos pés Que vivem dormentes A amante, muito esperta De tudo fez para agradar E quando ele estava cansado Exausto de tanta massagem Dormia como um anjo Fazendo uma bela viagem Ao mundo dos homens de sorte Que gastam dinheiro com sacanagem Mas nem tudo foram flores Nessa feliz jornada A esposa, vez em quando Ligava desconfiada Adamastor tirava de letra Dizia que estava com o irmão E ela se contentava Com a desculpa do sabichão No dia de volt...